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6 Passos Para Ensinar Seu Filho a Se Relacionar


Toda mãe quer que seus filhos sejam capazes de se relacionar bem com as pessoas, que saibam respeitar os direitos do outro, tenham bons amigos, sigam as normas necessárias ao bom convívio em sociedade, enfim, que sejam bons cidadãos. Para isso, você, mãe, precisa ensinar vários comportamentos a seus filhos, para que eles possam se comportar de maneira adequada em determinadas situações.

Seis passos que você, mãe, pode seguir para ensinar seus filhos a se relacionar:

1. Sinalizar para seu filho quando ele mesmo realizar um comportamento que você considera adequado;

2. Encontrar oportunidades para apontar o comportamento adequado de seu filho;

3. Criar condições para ele se comportar de maneira adequada;

4. Reforçar imediatamente a criança quando o comportamento adequado ocorrer;

5. Instruir e motivar seu filho a se engajar em um comportamento adequado;

6. Apresentar uma consequência imediata quando a criança não se engajar no comportamento adequado.


Sabe-se que as crianças aprendem, principalmente, por meio da imitação. Por esse motivo, é extremamente importante que os pais tenham consciência de que a maneira como eles (pais) se comportam, certamente será o modelo que seus filhos terão para se comportar. Não adianta pedir para o filho não agredir um colega da escola, por exemplo, se quando você fica nervosa acaba agredindo o próprio filho. É essencial que suas ações e atitudes sejam coerentes com o que você diz ser o correto aos seus filhos. Vale mais agir do que falar! Ensinar as crianças a se relacionar, a ter boas maneiras, compartilhar ou repartir e a ter empatia (saber se colocar no lugar do outro) pode ser uma tarefa simples se fizer parte da rotina diária da família. A melhor maneira de transmitir essas habilidades a seus filhos se dá por meio do seu próprio comportamento.


Como nem sempre é fácil ser um modelo ideal o tempo todo, você, mãe, pode-se valer de algumas técnicas que a auxiliam nesse objetivo. Por exemplo, você pode anotar em um papel quais habilidades você considera serem importantes que seus filhos adquiram. Essas anotações podem ser norteadoras para sua maneira de se comportar e podem servir como uma maneira de você, frequentemente, avaliar se tem cumprido suas metas ou não e, consequentemente, pode mudar suas ações quando julgar necessário.


O reforçamento de comportamentos adequados é essencial nesse tipo de situação. Sabendo que isso é um trunfo especial que você, mãe, tem, é importante que você sempre lembre que o reforçamento dos comportamentos e habilidades que deseja que seu filho aprenda é indispensável. Outra questão importante é que você, mãe, também é responsável por criar oportunidades para que os comportamentos desejados ocorram e, também, por apontá-los quando ocorrerem, elogiando e dando atenção a eles. Por exemplo, em relação ao comportamento de compartilhar: durante o lanche da tarde, você poderá comprar um refrigerante e compartilhar com sua família.


Conforme o passo 1, você deve sinalizar seu comportamento verbalmente: “olha, a mamãe vai dividir esse refrigerante e todos vão poder aproveitar”. Em relação aos passos seguintes, a mãe deve apontar esse comportamento quando a criança dividir seu lanche ou um brinquedo com um colega da escola. Se a criança não o fizer, você pode instruí-la e dizer que ela pode e deve dividir suas coisas com um coleguinha, ou com os irmãos. Quando a criança não quiser compartilhar seus brinquedos brinquedo que quer e, em seguida, as outras escolhem. Se as crianças não quiserem compartilhar um brinquedo, ou seja, se não se engajarem em um comportamento adequado, você pode retirar o brinquedo da situação, ou seja, de acordo com o passo 6, apresente uma consequência para a criança por não compartilhar o brinquedo com as demais. Da mesma maneira, pode-se exemplificar claramente os 6 passos para ensinar as crianças a se relacionarem em relação a outros comportamentos. Usar sempre palavras como “por favor”, “obrigada”, “com licença”: deixar a criança pedir o lanche na lanchonete e instruí-la a dizer “por favor” ao garçom e a agradecer quando receber o que deseja, elogiá-la quando ela se comportar adequadamente, são exemplos de como você pode ensinar a criança a ter boas maneiras e, consequentemente, a ter bons relacionamentos.


Outro comportamento extremamente importante que deve ser ensinado a seus filhos para que saibam se relacionar é mostrar empatia, ou seja, a criança deve saber se colocar no lugar do outro. Mãe, forneça oportunidades e, principalmente, sempre instrua a criança para que ela aprenda comportamentos empáticos e reforce-a, valorizando seu comportamento, quando o fizer. Por exemplo, quando um amigo cair, ajudá-lo a se levantar. Toda mãe deve ter passado por uma situação em que, quando disse “não” para algo que o filho pediu, teve como resposta uma criança nervosa, com raiva, chorando e fazendo birra. Outra situação que deve ser comum é quando a criança fica desapontada com algo, quando não é convocada para o time de futebol, por exemplo, ficando enfurecida. Esse tipo de situação em que a criança não tem algo que deseja é bastante comum e não pode ser evitada. Frustrações fazem parte da vida e você poderá ajudar seu filho a passar por essas situações, de uma maneira mais fácil e suave. Isso vai favorecer seu filho pelo resto de sua vida, em todas as situações de frustração e decepção que tiver. Você estará ensinando a ele ou ela a ser emocionalmente forte!


Aqui vale lembrar, novamente, que ser um bom modelo é essencial para que a criança aprenda a se auto acalmar. Não adianta, por exemplo, ficar nervosa quando seu filho se recusar a fazer a lição. Nunca se deve discutir com a criança e se exaltar. Você precisa, primeiro, se acalmar e conversar com o filho, explicando por que ele deve fazer a lição, encontrando, enfim, outras maneiras de lidar com a situação.


LEMBRE-SE: NUNCA AJA QUANDO ESTIVER COM RAIVA, pois terá um comportamento incoerente com o que pretende ensinar à criança.

Por exemplo, uma criança que está aprendendo a andar de bicicleta cai algumas vezes. Ela chora e fica nervosa. Você pode ensinar-lhe que quanto mais nervosa ela estiver, maior dificuldade terá para andar na bicicleta e que, se estiver mais calma, ela terá maior facilidade em fazê-lo. Outra situação que você, mãe, pode ensinar ao seu filho é dizer a ele que a mamãe irá buscá-lo, na saída da escola. Você pode, inicialmente, praticar essa separação em situações com períodos mais breves, como ir ao supermercado e deixar a criança com outra pessoa, por exemplo. A criança, aos poucos, aprende que a mãe sai, desaparece, mas ela volta, conforme dissera. Assim, na escola ela saberá que estará sem a mãe, naquele período, mas que depois de certo tempo a mãe reaparece e a leva para casa. Algumas técnicas podem ser ensinadas para crianças um pouco mais velhas aprenderem a se acalmar. Pode-se sugerir para a criança sair de uma situação que a deixou com raiva, contar até 10 e respirar fundo, diversas vezes. A criança, também, se acalma quando é instruída a imaginar uma cena agradável, pensar em um lugar que ela goste, fazer perguntas para que a criança descreva como é o lugar, o que ela gosta de fazer lá etc; distrair o pensamento e fazer com que a criança fique mais calma e tenha uma sensação prazerosa.

Outra técnica que você deve aprender para ajudar seus filhos a se manterem calmos é o relaxamento. Mãe, você pode orientar seu filho a tensionar e, em seguida, relaxar certas partes do corpo, sempre partindo de uma extremidade a outra, por exemplo, de cima para baixo: primeiro a testa, passa pelo nariz, lábios, maxilar, pescoço, peito, e, assim, até que tenha relaxado todas as partes e chegue nos pés.

Nenhuma criança nasce sabendo quais comportamentos farão com que ela tenha bons relacionamentos e seja respeitada, e nenhuma criança nasce sabendo como lidar com situações frustrantes. A criança tem diversos modelos durante seu desenvolvimento: a professora, o que ela assiste na televisão, colegas, etc mas os pais são os principais responsáveis por ensinar seus filhos a como se comportar adequadamente.


Atividade

Eliana é mãe de 3 filhos: Daniel, de 8 anos, Juliana, de 4 anos e Marcela, de 3 anos.

Ela tem tido dificuldade de cuidar da casa e das 3 crianças sozinha. Daniel tem tido muitas reclamações da professora por não saber dividir as coisas na escola e por bater nos colegas e Juliana chora toda vez que tem que ir para a escola. Eis um exemplo de como pode ser uma manhã de sábado na casa de Eliana e sua família: é comum que ela não durma bem durante a noite, pois Marcela chora muito e pede colo. Ela sempre pega a bebê quando começa a chorar. Daniel e Juliana acordam por volta das 7:30h da manhã e querem que a mãe lhes dê o que comer. Eliana acorda irritada devido ao cansaço, mas antes de sair da cama ela faz 5 minutos de relaxamento. Daniel não aceita dividir o leite com Juliana, tomando-o para si. Eliana dá suco para a menina e deixa Daniel ficar com o leite para evitar que as crianças comecem o dia brigando. Juliana não gosta de suco e fica enfurecida quando a mãe fala que o irmão não precisa dividir o leite. Ela chora muito e se joga no chão. Eliana vai até a menina, pega-a no colo e diz que seu irmão é bobo e deve ficar sozinho. Ela leva a menina para a sala e lhe dá diversos brinquedos e proíbe Daniel de brincar com os brinquedos que estão com a irmã. Daniel vai soltar pipa na rua. A pipa cai na casa de um vizinho e Daniel bate e pede conforme vira sua mãe, fazer anteriormente, quando sua bola caiu no quintal: “Por favor, posso pegar minha pipa que caiu no seu quintal?”. Quando recebe a pipa de volta, ele agradece e o vizinho, que tem mais ou menos sua idade, pede para brincar com Daniel. Ele não aceita e diz que a pipa é sua e não vai dividi-la com ninguém.

Os dois começam uma discussão e Eliana sai para ver o que está acontecendo. Muito irritada com o comportamento egoísta de seu filho, ela respira fundo, conta até 10 e instrui Daniel a emprestar uma outra pipa que está guardada em sua casa e que ele não usa mais. Daniel aceita a sugestão da mãe e as duas crianças passam horas se divertindo.


1. A situação descrita pode já ter ocorrido ou pode vir a ocorrer com você. Considerando as questões que foram discutidas hoje, aponte:

a) Quais comportamentos de Eliana você considera que foram adequados?

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b) Quais você considerou inadequados?

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c) De que maneira você poderia ensinar seus filhos a se relacionar e se auto acalmar?

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2. Para finalizar o dia de hoje, vamos fazer uma sessão de relaxamento para que você possa ensinar seu filho a se acalmar, quando for preciso.




Instruções para relaxamento

1. Sente-se em uma posição confortável.

2. Feche os olhos e preste atenção na sua respiração.

3. Procure esquecer de tudo o que acontece ao seu redor.

4. Respire profundamente, contando até 3.

5. Prenda a respiração e conte até 3.

6. Solte o ar dos pulmões contando até 3.

7. Repita o exercício respiratório (5x).

8. Feche as mãos com força e sinta a tensão muscular.

9. Abra as mãos vagarosamente e sinta a sensação de relaxamento.

10. Repita (3x).

11. Contraia o braço e sinta a tensão (10 segundos). Uma boa maneira de contar 10 segundos é assim: “um mil, dois mil” ... até dez mil.

12. Solte a musculatura dos braços e acompanhe a sensação de relaxamento (3x).

13. Contraia o pescoço por 10 segundos e sinta a sensação de tensão (3x).

14. Solte cuidadosamente a musculatura do pescoço e sinta a sensação de relaxamento (3x).

15. Volte a observar sua respiração.

16. Abra os olhos.


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