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Como identificar uma criança hiperativa?


Atualmente a desatenção e a hiperatividade tem sido apontadas como fatores comuns na dificuldades de aprendizagem, problemas comportamentais e transtornos do desenvolvimento infantil. Podemos afirmar que é um dos transtornos infantis mais estudados em vários países.


“No mundo da lua” e “a mil por hora” são algumas das definições que as crianças com hiperatividade e desatenção recebem no decorrer do seu desenvolvimento. Conhecido também como TDAH, esse diagnóstico tem sido difundido entre as crianças em idade escolar de forma generalizada, em alguns casos sem um estudo aprofundado e critérios bem definidos.


Como identificar uma criança hiperativa?

Muitos pais e professores sentem dificuldades para identificar se a criança é portador de TDAH, ou se o que lhe falta é limites, dado que as crianças nesses estados podem apresentar sintomas parecidos.


Embora frequentemente estudado, suas causas ainda não foram claramente estabelecidas. Sugere-se uma integração de aspectos, que resulta numa origem multifatorial, inclusive herança genética e ambiente propício.


É uma avaliação complexa, pois o TDAH pode trazer transtornos associados que podem intensificar ou maquiar algumas características, dificultando a identificação mais precisa do diagnóstico e princialmente o caminho do tratamento a ser percorrido. Por isso, a importância de um acompanhamento eficiente com profissional qualificado.


O ponto de partida é a presença de uma característica essencial: um padrão persistente de desatenção,hiperatividade e alguns sintomas hiperativo-impulsivos que causam prejuízo ao relacionamento interpessoal e no rendimento escolar.


Para ser diagnosticada, a criança precisa apresentar uma série de critérios propostos no DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais), e esses sintomas devem interferir claramente no seu cotidiano familiar, social e escolar.


Como é o comportamento de crianças diagnosticadas com hiperatividade?

Crianças que sofrem de TDAH apresentam conduta inapropriada para sua idade. Custa-lhes controlar seu comportamento, suas emoções e pensamentos.


De uma forma geral, as crianças com esse diagnóstico frequentemente tem dificuldades para manter a atenção em tarefas e atividades lúdicas ou educacionais.


Persistir e concluir uma atividade parece algo muito difícil para essas crianças. Elas mudam frequentemente de uma tarefa para outra sem completarem nenhuma das propostas.


Em casa, os pais precisam insistir repetidas vezes para cumprir tarefas simples, parece que não ouvem quando alguém fala, mexem em tudo ao mesmo tempo, não conseguem organizar-se e estão sempre a mil por hora. Na escola, os professores precisam estimular constantemente para que suas atividades sejam concluídas e além do mais, seus comportamentos impulsivos e extremamente agitados afetam o dia a dia das aulas.


*Vale ressaltar aqui, que a Hiperatividade não é falta de concentração por falta de empenho ou um comportamento indisciplinado resultante da educação dada pelos pais.


Sintomas frequentes:

Este transtorno do desenvolvimento infantil tem três características básicas: a desatenção, a agitação e a impulsividade, além de ter um notável impacto na vida da criança ou do adolescente. Pode levar a dificuldades emocionais, de relacionamento familiar e social, como também baixo desempenho escolar.


O TDAH divide-se em 3 subtipos:

a) Predominantemente desatento;

b) Predominantemente hiperativo/impulsivo;

c) Combinado.


Alguns sintomas podem ser destacados no perfil de uma criança hiperativa, tais como: envolve-se em várias atividades ou brincadeiras ao mesmo tempo, muitas vezes deixando-as inacabadas; não consegue permanecer muito tempo na mesma atividade; levanta-se da cadeira frequentemente; distrai-se facilmente com os estímulos do ambiente; esquece materiais e tarefas; não consegue esperar a sua vez; muitas vezes interrompe os outros e tem dificuldade em se organizar.


As crianças hiperativas, embora tenham uma boa capacidade intelectual podem apresentar baixo rendimento escolar, devido a distração durante as explicações nas aulas ou na execução das atividades e provas.


Como e quando é feito o diagnóstico da criança?

O TDAH costuma ser diagnosticado no início da idade escolar, por volta dos 6 anos, quando os sintomas começam a ser mais evidentes e alguns problemas de aprendizagem começam a aparecer.


No entanto, algumas características já podem ser perceptíveis desde a primeira infância. Tomando alguns cuidados em relação a faixa etária, é possível desde cedo, identificar e estimular algumas habilidades que podem auxiliar no repertório comportamental dessas crianças, como: memória, atenção, concentração, autoconfiança, tolerância a frustração, percepção viso-motora, entre outras.


Ainda assim, é importante distinguir a verdadeira hiperatividade dos comportamentos ativos e impulsivos exibidos pelas crianças normais.

Portanto, a avaliação e o diagnóstico devem ser feitas por profissionais especializados que analisam a intensidade e a frequência em que os comportamentos ocorrem e o grau de afetação na vida cotidiana da criança e da família.


A partir da avaliação é preciso dar os próximos passos. A criança com características de TDAH também sofre, passa por situações difíceis e estressantes, tem dificuldades em lidar com aspectos emocionais e é repreendida frequentemente, por estar classificada fora do chamado “padrão”.


O que eu no papel de pai/mãe devo fazer caso tenha um filho(a) hiperativo(a)?

Ela precisa ser amparada na sua dificuldade e compreendida. A informação e o acompanhamento são sempre o melhor remédio. Criança e família precisam de um suporte para lidar melhor com o problema e superá-lo.


Nestes casos, há várias maneiras de se lidar de forma mais tranquila:

Já que em situações como estas a criança está frequentemente agitada e interagindo o tempo todo, você pode incentivá-la a brincar com a sua imaginação. Esta é uma forma que acaba que acaba contribuindo muito para um desenvolvimento saudável.


A aula de música e o contato com os instrumentos musicais também entra na roda! Este é um bom jeito de aumentar o foco e a disciplina da criança, já que elevamos ela ao nível mais complexo de concentração do cérebro, que é a atenção executiva.


Além disso, o contato com cães pode ser outra ótima dica. Ele eleva a autoestima da criança, aumenta as habilidades de atenção, fazendo com que a criança permaneça por mais tempo na tarefa. Diminui o estresse e a ansiedade, além de também poder proporcionar um efeito calmante. Contribui de forma muito positiva para o crescimento saudável dos pequenos!


Qual a cura para esse transtorno infantil?

O TDAH não tem cura, justamente porque não precisa de cura. Precisa de esclarecimentos e aprendizagem comportamental. Hoje temos várias terapias especializadas, que auxiliam a criança a desenvolver sua consciência comportamental, ampliando seu repertório e controlando sua impulsividade.


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Algumas linhas de tratamento sugerem o uso de medicamentos, que precisam de uma avaliação mais cautelosa – não descarto sua importância, porém são casos bem específicos e por tempo determinado.

Por isso, somente um especialista capacitado pode dizer qual o medicamento mais indicado para o caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento.


De qualquer forma, se você identificou a presença dessas características no perfil do seu filho, é indispensável fazer uma avaliação especializada para esclarecer dúvidas, receber orientações e encaminhamentos necessários. Esta atitude possibilita à criança um desenvolvimento mais tranquilo e uma interação mais harmoniosa com a família.


Se você quiser ler mais sobre TDAH acesse: http://tdah.novartis.com.br/

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